Novo ano... vida nova?

Inevitavelmente a mudança de um ano para outro leva-nos a meditar sobre as metas a que nos propomos cumprir nos próximos 365 dias. O ânimo e o empenho são proporcionais ao horizonte que se avizinha e que se nos depara.
Grandes sonhos, quiçá ilusões, são o epítome dos nossos devaneios, a idade porém refreia a volúpia do querer e abreviamos o horizonte para passos mais curtos e distâncias mais realizáveis.
Os projectos são mais meditados e sujeitos a um escrutínio mental aprofundado. Os objectivos profissionais e pessoais mesclam-se como uma intenção única, tornar a vida sustentável.
Os tempos actuais não se compadecem com relaxamento e inércia. O imobilismo é impensável e o recuo inaceitável.
Contudo, porém, apesar de empenho, decisão, investimento pessoal e familiar há um factor condicionador que bloqueia a evolução e o crescimento, que é a inépcia, a ignorância e a incompetência de quem tem o poder herdado.
Quando a vida do ser humano é colocado na mão inexperiente de um acervo de incapacitadas pessoas, os passos que deveriam ser no sentido do crescimento são derrapagens nos escolhos da sua insignificância.
Assim, porque a inteligência sempre se sobrepôs ao vil metal, depois deste desaparecer, esta permanecerá para todo o sempre.
Quando negras nuvens ameaçadoras se avizinham resta-nos a sapiência e a sageza da capacidade e conhecimento adquiridos, para enfrentarmos com um sorriso o anonimato a que fomos votados.

Castro Dias
 

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