Durante muitos anos estranhei sempre o aparecimento de um sem número de partidos políticos na altura das eleições, desaparecendo após as mesmas e ressurgindo quais Fenix saindo do fogo, renovados e entusiasmados nas eleições seguintes.
Por muito que me custasse aceitar a existência nebulosa e sazonal de alguns partidos, os ditos com precariedade existencial, a verdade é que em democracia tudo é possível.
Desta forma o universo político “translacionava” naturalmente em torno da “maralha” ignorante que é o povinho eleitor.
Com o tempo apercebi-me que os inúmeros partidos políticos que aparecem inexoravelmente, qual sarna, em cada novo acto eleitoral, não são “no more no less” do que satélites dos partidos superlativos no entanto de polos opostos com o sublime objectivo de subtrair eleitorado, logo votos, ao oponente político.
Claro está que isto não passaria de pura especulação não fora o facto de aparecerem os genéricos após uma campanha fracassada associados ao produto base, ou seja ao partido que lhes deu existência.
Inevitavelmente tenho de reconhecer a coragem política dos seus intervenientes ou muito provavelmente não passou de uma distracção absurda que como dizia muito filosoficamente a minha avozinha; “Depois de um traque dado não adianta apertar o rabo!”.
Resumindo:
Candidatos a Presidente da República quando cumprem bem o seu papel de marionete, não na demanda do mais alto cargo de estado mas sim no parasitismo de votos, merece sem sombra de qualquer dúvida o lugar de Presidente… da Assembleia da República!
Ars est celare artem (A arte está em esconder a arte!)…
Castro Dias
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