Os designer italianos Anna Citelli e Raoul Bretzel criaram o projecto Capsula Mundi, que pretende substituir os normais caixões nos cemitérios por cápsulas biodegradáveis enterradas juntamente com uma árvore.
créditos: Capsula Mundi
Capsula Mundi apresenta-se como a primeira solução para a criação de cemitérios verdes em Itália. Anna Citelli e Raoul Bretzel , os designers que conceberam a ideia, acreditam que as urnas funerárias utilizadas actualmente, feitas em madeira, são um desperdício de recursos naturais.
Como tal, desenvolveram uma cápsula orgânica e biodegradável feita a partir de uma espécie de plástico, e com forma de ovo, onde o falecido é colocado em forma fetal. Depois, a cápsula é plantada na terra como se fosse uma semente, e uma árvore ou uma semente é plantada em cima da urna biodegradável, aproveitando a matéria orgânica gerada pela decomposição da cápsula, dando verdadeiro significado à expressão “ciclo da vida”.
A árvore pode ser escolhida pela própria pessoa em vida ou pela família e amigos, que cuidarão da planta e manterão a memória do seu familiar viva. “Um cemitério deixará de estar cheio de sepulturas e passará a ser uma floresta sagrada”, pode ler-se no site do projecto.
Com a sobre população mundial, a dimensão dos cemitérios não pára de crescer, criando um problema de falta de espaço, em particular nos centros urbanos. Várias cidades têm procurado soluções como os cemitérios verticais, sendo que o maior está localizado em Santos, São Paulo. A cápsula vem apresentar uma solução diferente para aqueles que alegam não querer passar a eternidade num caixão.
Ainda assim, o projecto tem ainda de ultrapassar várias restrições religiosas e jurídicas. Por exemplo, alguns especialistas já levantaram a questão da carga biológica que vai infiltrar-se no subsolo poder contaminá-lo e até afectar lençóis freáticos.
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