Ciganos… onde está a hipocrisia!

Os olhos e os ouvidos do mundo estão voltados para França numa altura em que questiona o real valor dos direitos do homem.

A alegada “desumanidade” aplicada por um decreto-lei, contrasta com as fronteiras abertas e a livre circulação de pessoas entre os estados membros da União Europeia.

Porém para lá do macrocosmo do espaço europeu se nos reduzirmos ao nosso espaço de pequena vila ou aldeia, então poderemos ter uma ideia dos valores que estão em causa.

Suponhamos que vivemos numa pequena comunidade rural, isto para minimizar o impacto global, e que somos “bafejados” pela entrada “liberal” de pessoas de outros credos, raças e etnias. O aumento da população é indicador de crescimento económico, como vem em qualquer manual de economia, justificado pelo aumento de produção e inevitavelmente a melhoria da qualidade de vida das populações.

Sendo a nossa “aldeia” considerada rica e com baixo desemprego, torna-se um chamariz para todos aqueles que anseiam por mudar de vida.

Se a nossa aldeia produz apenas o suficiente para a sua população tendo ainda necessidade de recorrer a outros mercados para prover pela sua sustentabilidade, é por demais evidente que o aumento da população por questões demográficas ou de movimentos de massas emigrantes vai provocar desequilíbrios estruturais na sociedade, levando a que as populações nativas empobreçam de forma quase irremediável.

O aproveitamento da mão-de-obra barata “importada” por parte dos agentes económicos visando o lucro fácil e rápido enriquecimento, empurrará para o desemprego as populações locais.

Retire-se o poder de compra às populações e o comércio e a indústria cairão.

Qual o papel dos emigrantes?

O emigrante tem um papel importante no crescimento da economia local, regional e do país, isto quando a sua acção se centra na produção e no desenvolvimento.

Porém são uma “pedra no sapato” dos governos quando actuam como párias e proscritos e vivem de forma parasita do trabalho da demais população activa.

Os direitos implicam deveres. Antes de nos “melindramos” com os direitos dos emigrantes deveremos em primeira instância inquirirmos se os mesmos cumpriram com as suas obrigações de activismo social.

Este deveria ser o pacto que cimentaria as relações entre os povos das nações.

A xenofobia, o racismo e o radicalismo existem pela ineficiência da aplicabilidade das leis fundamentais de cada país.

Todo o ser humano tem direito à vida, à segurança, à opinião, à religião, etc… Porém tem a obrigação de ser solidário, cumpridor das leis, regras e normas instituídas nos países de acolhimento.

A integração pressupõe a aceitação de todos os códigos de conduta moral e social.

Assim, quem daqueles que se julgam acima da lei e pretendem usurpar dos bens nobremente adquiridos pelos povos devem inexoravelmente ser denunciados e expostos publicamente sendo remetidos aos seus países de origem.

Num país onde existe miséria, pobreza, fome e desemprego é inconcebível que se desviem recursos que iriam matar a fome a crianças e idosos, para os dar sem qualquer contrapartida ou retorno àqueles que nada fazem para o merecerem.

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